segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Caixinha de música! cap II

Minha bonequinha, a bailarina tinha saído da caixinha de música, tomado vida.

Envergonhada abriu um tímido, porém lindo sorriso. A professora foi em sua direção e a trouxe para o meio da sala:
_Pessoal, essa é Isabela, ela acabou de mudar-se para cá.
Eu sem perceber tinha um gigantesco sorriso estampado no rosto, mas de pronto sumiu ao ouvir : _ Thamara!Thamara! Acorde menina!
_Sim, desculpe, Rose! Destraí-me.
_Tudo em, eu estava perguntando se poderia ajudar Isabela a se inturmar e a nos acompanhar!?
Sem nem pestanejar respondi:Claro, será um gosto.


Ela sorriu e veio até mim, nós apresentamos intimamente'' e ela começou a se alongar. Não era muito de papo, foi a aula mais longa que tive, ou ao menos parecia, porém ao mesmo tempo foi a aula mais curta de todos os anos que fiz ballet. O motivo dde tamanha contradição? Nem eu mesma sei, só sei que me sentia assim, como se o tempo não passasse mas ao mesmo tempo corresse. Vá entender.
Isabela era uma verdadeira pluma, leve, parecia ser conteúdo da músca, parte do vento, encantadora.



Ao termino da aula ela me agradeceu por tudo...
_Não por isso! Ah, você está morando em que lugar? Se quiser companhia ou guia para conhecer a cidade estou a disposição.
_obrigada, moro a poucas quadras daqui, na direção sul do parque central, e você?
_Também,podemos ir juntas pelo caminho, que acha?
_Bom, será muito bom. Me sinto deslocada aqui, dá um certo medo.
_Não precisa ter medo... - rimos- Vamos?


Ent/ao saímos da academia, chegando a rua fomos caminhando olhando as vitrinis, pouco falávamos, até que paramos de fronte a uma qual fez descobrimos um gosto em comum. Um vestido lindo, que nos encantou rapidamente:
_Que lindooo! 
- Falamos como se sincrinizadas, caímos na gargalhada.
_Nossa, quando sincronização, não, Isabela?!
_E não é?! Pelo que parece temos um gosto semelhante.
_É...vai ver temos mais coisas em mumim...
_Quem sabe? Acho que seremos boas amigas!
_Mais um pensamento em comum 
- rimos novamente.



Continuamos a caminhada, falamos da cidade, do bairro, das meinas do ballet, nada demais. Descobri que ela morava no prédio vizinho ao meu, bem de frente.
Nos despedimos e fomos cada um para seu canto. Cheguei indo direto ao meus quarto, um tanto estasiada pelo ocorrido, abri de imadiato minha caixinha... A bonequinha ainda estava alí dentro, mas era como se eu tivesse passado as últimas horas com ela, porém com vida.
Fico alí, olhando por um bom tempo a caixinha até que minha mãe :
_ Filhaaa, venha jantar!
_Já vou mãe, mas antes vou tomar um banho!
_Mas ainda não foi menina, então vá logo e não demore!


Fui tomar banho e não me demorei, pois já estava atrasada para o jantar mesmo. Meu pai sempre gostou que as refeições fossem feitas a mesa, e todos juntos, de preferência.

Sentei-me à mesa, como sempre típicas perguntas de final de dia: ''Como foi na escola?''
''e no ballet?'' " e as novidades?", blábláblá. Respondi a todas, confesso que ainda estava com a cabeça nas nuvens, o que foi notado pela família, mas pouco se falou sobre tal coisa. Levantei com a desculpa de estudar e voltei ao meu quarto, me joguei na cama... E a Isabela não saia de minha mente.



Fui até a janela e fiquei olhando o céu, que desce todas as noites...São tantas janelas acesas fazendo parecer que as estrelas desceram todas, umas passam a noite inteira com a luz de seu interior ligada, mas uma em especial me chamou atenção. Fazeia tempo que não a via acesa, observei atentamente tentando visualizar seeu interior, mas era coberta por uma cortina, fiquei olhando até que a luz se apagou, voltei a cama e acabei por adormecer.

Dia seguinte, fui à escola, acordei um tanto cansada, meio sonolenta...Entrado na sala me deparo com um rosto conhecido recentemente, a delicada bonequinha, sentada no canto, encostada na parede...Sorriu ao me ver e eu, sem notar já estava sorrindo.



Fui andando em sua direção, parei de frente a ela, quando disse:
_Bom dia, isabela, posso me sentar aquí?(apontando para a cadeira ao lado)
_Sim, claro! Que bom que estudamos juntas!
_É, foi uma bela surpresa! Então, já conheceu todo o colégio?
_Não, ainda ... Mas quem sabe outra hora ...!?
_ Com certeza, eu faço questão de lhe apresentar tudo e todos, bem, todos que eu conheço, e se você quiser, claro!?
_ E como não, farei um grande gosto!


Nisso o professor entra : _ Bom dia, turma!

Thamara:_ Bom dia? Bom dia como se de cara tem sua magnânima aula de matemática. - falou em baixo tom, mas o suficiente para Isabela ouvir e dar risadas com a afirmação e a cara que fez ao falar-

A aula pareceu demorar anos para passar ainda mais para Thamara, que achava grego mais fácil que todas aquelas contas, regras, números misturados as letras, enfim, já Isabela mostrou desenvoltura na mais matéria. Em minutos depois entrou a professora de química o que agradou a ambas:

_ Enfim um bom dia! Ah, química! - dessa vez, disse em alto e bom tom, sorrindo satisfeita-

Professora:_ Não muda nada em Dona Thamara, ainda bem que sou professora que uma matéria que você gosta, por que só imagino o quanto não sofre meus colegas que dão aula das matérias que você não gosta.

_Ah, que nada professora, sou boa aluna vai, não a mais esperta ou atenta, eu admito, mas há certas coisas que não atingem minha compreensão... Sou sincera, ora.

_ Ok, ok, menina, mas é bom ver seu entusiasmo em química - sorriram- Bem, vejo que temos uma aluna nova aqui, então mocinha, você é a ...?

_ Isabela, Isabela Alcanfora.

_ Prazer e seja bem vinda, isabela, sou Cristiane e como já notou, professora de química. Então, vamos a aula...e Isabela, qualquer dúvida é só me falar, não se acanhe, quero ver como você está, essas coisas de sempre de uma escola. A aula então foi iniciada.

Sem notarem o sinal do intervalo já tocava, o tempo passou voando e as duas notaram o quanto gostavam de química e a facilidade que tinham :

_ Thamara, não entendo sua dificuldade em matemática e essa facilidade em química!?

_ Ah, eu sempre tive problemas com os professores de matemática, o que me causou antipatia pela matéria, já química, isso nunca aconteceu. Deve ser por isso.

_ Uhm, entendi então. - sorriu- Vamos dar uma volta pelo colégio?

_ Claro! 


Aproveitaram o tempo que tinham para que Isabela conhecesse a escola, Thamara foi uma guia e tanto, detalhista como só, não deixou escapar nada, nem ninguém. Pararam na lanchonete, pediram algo e se puseram a continuar o ''tur''.
...

_Ei, tem um lugar que quero te mostrar, é lindo e poucas pessoas vão até lá, às vezes, quando me canso do mundo vou pra lá e fico até o horário da saída.

_Então vamos, pois fiquei curiosa - sorriu e involuntariamente segurou a mão da amiga, que estremeceu com o toque, foi como se o contato entre as duas tivesse dado um choque, só que bom, mas no mesmo momento o sinal informou o final do intervalo-

_Bem, acho que ficará para uma próxima vez - sapararam as mãos-

‑Tudo bem, amanhã tem mais aula mesmo -sorriram e encaminharam-se para a sala-

Assistiram as últimas aulas e ficaram livres. Foram andando para casa enquanto conversavam banalidades sobre a escola e as pessoas que frequentam-na. 

_ Chegamos!

_ Pois é, então...Te vejo mais tarde no ballet?

_ Ah, será que podiamos ir juntas, somos vizinhas e estamos nos tarnando boas amigas.

_Ah claro, que andar mora, para eu interfonar e irmos?

_Decimo terceiro...

_Está bem, ás quinze para as três te dou um toque! É...então...Thauzinho e até mais - Thamara ficava visivelmente sem jeito ao falar com Isabela-

_ Até! 


E cada uma subiu para seu apartamento. Isabela chegou em casa sorrindo, o que chamou atenção de sua mãe: 

_Hei, mocinha, que sorriso lindo é esse, desde que nos mudamos a senhorita andava tão amoadinha...O quê aconteceu?

_Nada demais mainha, apenas estou vendo tudo por outras pespectivas...

_E a escola, como foi, já fez muito amiguinhos?

_Amiguinhos? Mãe, você é muito sem noção às vezes - riram gostosamente- Só você,
visse!?

_ Ah, filha, você entendeu - riu abraçando a filha-

_Entendi sim Dona Lúcia. Conheci alguns alunos, pessoas bacanas, mas em resalte a
Thamara, uma colega do ballet e mora no prédio aqui em frente, estudamos juntas também.

_Que bom minha querida, depois quero conhecê-la, mas agora, já para o banho mocinha e depois venha almoçar!? -ordenou em tom bravo, mas de brincadeira-

_"Podexá" - saiu em direção ao banheiro. 



Isabela morava com a mãe e duas vezes ao ano visita o pai, que mora em São Francisco - Califórnia -EUA, filha única tem uma relação de amiazade com os pais.

Enquanto isso, Thamara sia do banho e sentava-separa almoçar, juntamente com os pais, a irmão Clarissa, mais velha e João, irmão mais novo.

_ Tudo bem, minha pequena? - falou com um semblante de preocupação-

_ Sim, pai, por quê?

_ Você anda meio aérea, algo novo acontecendo?

_ Não, não, nada demais. - tentou desfarçar comendo o almoço-

_ E o ballet, a escola?

_ Tudo na mesma, meu bom velho - risos, Thamara sempre o tratava por apelidos e ela fazia o mesmo-

...

_Thamarinha, ontem vi você voltando pra casa do ballet com uma menina, amiga nova?

_Pow, Clari, passou por mim e nem carona deu, né!? Bela irmã essa que eu tenho, sabe!?

_ Ah, boba, você estava quase chegando... Andar faz bem, viu ... E você não me respondeu...

_ Sei, sei, irmã má! Brincadeirinha - risos- A guria é a Isabela, ela é nova na cidade,
está na mesma turma de ballet e mora aqui em frente, viemos juntar.

_ Hum, e essa menina é de boa família? Por que se mudaram? Ela mora com quem ? Tem irmãos ? Veio de onde?

_ Mãããe! Interrogatório é, calma eu a chonheci ontem, ela ghegou a aula e Rose pediu que eu a ajudasse, descobri que somos vizinhas e hoje que estamos na mesma turma na escola. Somos colegas, não custa nada ser gentil!

_ Ieda, sem exageros, amor, deixe nossa filha, que mania de tanto pegar no pé dela.

_ bem, eu já terminei, vou indo pois marquei de passar na casa da Isa para irmos juntas à aula . Beijos a todos -

_Cuide-se - recomendou o pai-
A mãe fez um semblante desgostoso, de uns tempos ao presente implica demasiadamente com a filha do meio, dizia ela que era amor e intuição de mãe.

Thamara deixou a mesa, foi ao querto terminar de se arrumar , escovar os dentes e saiu:
_ Beijos, família! Fui! - bateu a porta atrás dela-



Atravessou a rua e interfonou, uma voz doce e receptiva atendeu: 

_Pois não?

_ A Isabela, por favor!

_ Ah, você deve ser a colega do ballet, ela está terminando de se arrumar, por favor, suba...
_ Não senhora, obrigada, mas não precisa, esperarei aqui mesmo, já estamos atrasadas.

_ Tudo bem, mas da próxima vez suba, visse!? Será um gosto conhecê-la.

_ Sim claro, digo o mesmo - Thamara estava morrendo de vergonha em falar com a
mãe da Isabela e não entendia o motivo, não havia sentido isso antes, com nenhuma mãe de amiga-

_ Por nada! Ela já vai desce. Thau. 


Sem muita demora estam a caminha da aula, chegaram rindo e ofegantes, pois apressaram o passo para não serem chamadar atenção.

_Por pouco em meninas! Thamara, eu pedi para você ajudar a Isabela e não disvirtuá-la - Fez cara de brava-

_Desculpe Senhorita Rose, não vai mais acontecer...

_ Sei que não, sei que não, mas andem moças, terminem de calçar as sapatilhas e as
duas para a barra direita!

...

___________
Continua...