segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Quente XIII !

Continuando...
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Sem demora, encontrou os aposentos de Viviane que a recebeu com um surpreso e caloroso sorriso, fazia um certo tempo que não se viam. Entraram, e o tempo que não se viram foi prontamente preenchido pelo papear dos acontecimentos com ambas...
Foram nessas indas e vindas de contos acontecidos que Antonella contou a Viviane, o que estava sentindo e por quem,com a mulher que passou a sonhar e por quem se apaixonou:
_Bem verdade é Vivi. Por todos esses anos não me permitir de alguém gostar e deixar que essa pessoa...É...Como dizer... Me visse como realmente sou, permanecer verdadeiramente em meu interior.
_Esse momento chega para todos. Desde o trise acontecido você se trancou em um mundo excluso, não saindo e não permitindo a entrada de outro alguém. Essa mulher, deve ser, no mínimo...Incrível!
_De fato, no mínimo. Ela me desarmou não propositalmente, sem nem mesmo querer, sem ao menos saber o que fazia. Fácil não está sendo e às vezes já até me arrependo por tão belo sentimento assim.
_Ora, mas não, nem pense nisso. É tão bom apaixonar-se, amar...
_ Quando este é reciproco!
_Sim, mas já querer desistir, em apenas uma resistência dela?
_Não foi apenas uma, já fiz loucuras e loucuras por ela e as últimas palavras ditas a mim ainda não me foram digeridas. Dói, todos esses acontecimentos me doem demais.
_ E acreditas que fugindo, essa dor diminuirá, quisá passará?! A função da dor é doer, com a intensidade necessária para machucar, não há outra função que não essa. Só doendo ela tem o tempo de começo, meio e fim, cicatrizando e transformando-se.
_ Tens razão, Viviane, tens razão. Mas, como!? Faz tanto tempo... Acho que não sai mais.
_ Saber, você sabe sim, arranque esse medo de seu peito, aproveite a viagem que está a fazer. Aprenda e evolua, relembre o que viveu e quem eras. Só não use esse tempo como fuga.
_ Estou insegura!
_ É difícil crer, ao menos para quem lhe conheceu no passado, acredite, se não estivesse a ver sinceridade em seus olhos, duvidaria fielmente nesta sua afirmação. Porém é bom uma certa insegurança, mostra que você realmente a ama e não se poem soberana em primeiro plano.
_ Então, como faço?
_Acredite em você e tenha calma e sapiência, é o que necessitas. Nossa sociedade não nos respeitam, somos monstros perante eles e ela, deve achar o mesmo.
_Acha até pior, afinal, ela prefere a vida de meretriz a viver comigo...
_Francesinha, olhe como esta pensando, um conceito já formado de idéia erradamente triste, ser ou não meretriz é complicado tanto quanto para nós, assumirmos sentimentos e mostrarmos nossa essesncia. Não julgue nem diminua, ela sofre, acredito eu.
_Ah, em isso eu já consigo, nem mesmo posso acreditar. Ela me falou, olhou em meus olhos e disse...
_Havia sinceridade, cristalinidade nas alavras, nesse olhar que te lançára? Será mesmo que ela não sente...Ou sente? A única certeza agora é que não sabemos ao certo o que ela sente, e muitas coisas podem mudar.
_Na verdade a única coisa que tenho certeza é o que sinto, somente isso, somente o que pulsa em meu peito e me sufoca os pulmões.
_Está bem, está bem... Agora vamos deixar isso em segundo plano, ao menos nesse primeiro momento, e aproveitar vossa digníssima presença nesta cidade. Afinal, a vida é breve e dela temos que usurfruir ao máximo.
_Vamos, até mesmo pelo que, desde de minha chegada estamos a papear, quero mesmo rever os belos lugares que já passei e rever as meninas da Academia Letrais Lesbos.
_De fato, que anfitriã sou eu que ainda cá estou a por conversas em ptratos, ao invés de guiá-la, mostrando o que há de contemporâneo e o que continua de intácta forma. As meninas, algumas tanto mudaram, outras que já previstas eram e hoje mantiveram-se.
_Nossa, as meninas, que saudades sinto. Já passaram tantos anos desde a última vez que as vi.
_Isso logo será resolvido. E não me venha com curiosidades, não vou dizer nada sobre elas, mostrarei e você por você descobrirá.
_Algo é certo, Viviane, você não mudou nada - Comentou em tom cômico, para com a querida amiga-
_De pronto, agora cessamos a conversa e vamos. O proximo navio sairá em alguns minutos em direção a Lesbos. Sabes que hoje à noite, há a comemoração de anos ALL. Creio que veio já premeditada.
_ E não sei, como me esquecer.

Foram então em direção ao porto de Atenas, para tomar o navio em direção a Lesbos...


Continua...

domingo, 12 de setembro de 2010

Quente XII!

Continuando...
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No mesmo momento Antonella embarcava para Grécia, passando dois dias em Atenas e logo após seguiria para a ilha de Lesbos.
Por vezes já estivera por lá, estou a fundo toda a vida e obra de Safo, de quem era fiél seguidora e aprendiz e por quem nutria enorme admiração, porém desta vez buscava mais. Talvez buscasse respostas, sem certeza do que procurava, porém era necessário aquietar o coração.
Pra Antonella a viagem rápido passou e em instantes estava aportando em Atenas. Já para Pietra os dias passavam mais pesados, Lola tomava todo seu tempo e com o título de meretriz a dança passou a ser quadjuvante em sua vida.
Querendo dispersar-se da França e da tal sedutora senhorita, Antonella não obtia sucesso, o coração já tinha sido tomado e pior, a memória da razão era a mesmo do coração, contudo eram inevitáveis os pensamentos nela. Tentando então fazer com que esta lhe desse um tempo de paz, pôs a se acomodar, seguindo tempo depois em busca de Viviane, uma linda grega, de cabelos ondulados e olhors verdes,amiga de tempos, uma das "meninas de Safo".

Nascida e criada em Lesbos, Viviane considerava-se filha de Safo, mesmo perante a sociedade, que não admitia tamanha falta de vergonha. Sem medo, não omitia tê-la como mestra e sua essencia não poderia jamais negar.
Antonella a conheceu na escola de literatura e arte, também conhecida como ALL( Academia de Letras de Lesbos). Tornaram grandes amigas e em um pertérito passado recebera um manuescrito dela, dizendo que na atualidade pousava-se em Atenas devido ao trabalho, e quando a francesinha, como de costume a chamava, por lá estivesse, fosse ao seu encontro e colocassem fim na saudade.

Continua...

Quente XI !

Continuando...
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Volto a manuescrever, apenas desabafos presentes, preciso retirar do peito um tanto desse nó que me sufoca.

Há um mundo lá fora que não me permito perceber e desfrutar, desde que me peguei por Lola enfeitiçada, meu coração descobriu uma dor nova. Venho tentando me refazer, e em meus ouvidos já chegou o burburiu do fato de "Madimoissel Antonella" estar apagada perante a corte. Como a sociedade se preocupa demasiadamente com a vilha alehia.
Os dias passam sem um sentido valoroso a mim, fico a imaginar e imaginar, sofrer e sofrer. Porém, hoje, de um sábio se profanou que "de real valor é o amor, e que por este deve-se lutar", confesso ter me renovado as esperanças, afim de com calma buscar fazer o certo, ou o melhor aos meus necessitados caprichos.
Farei na proxima semana uma necessária viagem e ao vento entregarei meus sentimentos e toda a situação vivida, deixando o tempo me mostrar o que haverei de fazer e o que deve vigorar.

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Moça que aos poucos ia se fazendo meretriz, sem que tivesse chance alguma, sentiu algo a rasgando por dentro, por seca est´q o grito de dor foi inevitável, assim como a lágrima que deixou escapar.
Ao vai e vem foi tentando relaxar, mas não conseguia fazer brotar atração alguma, nem mesmo acalmar a alma. Em meio a tudo, notou então o semblante do homem, como se estivesse indo aos céus. Percebendo o prezer maior chegar, com todo o talento lhe foi oferecido fingiu a plenitude das sensações parecendo satisfazer ainda mais o rude homem, que parecia degustar o mais saboroso prato, que depois de comido, deixa de lado, limpa-se e repousa a fadiga.
Em segundos pegou no sono, enquanto Lola encolheu-se de lado, ficou a olhar pela janela, sentiu a noite de primavera mais fria, e tudo nela parecia vazio, não sentia dor, não sentia nada, vazio era como tudo estava.
Sem mais tardar amanheceu, o homem desprovido de mínima delicadeza porém muito sorridente, olhou-a dizendo: _"Que noite!Tenha uma certeza, agora está pronta para qualquer serviço. Vou ganhar muito com você boneca. -apertou-lhe o rosto, sorriu, vestiu-se e saiu porta fora-.
Como quem toma o mais amargo wisk barato, foi como Lola tomou as palavras que acabara de ouvir, segurou para não derramar lágrimas, porém o ato que consumou, confirmou o que passaria a fazer a partir de tal dia, escolha própria, mesmo que necessitada, mas adulta era e sabia bem as consequências de seus atos.
Por mais um tempo ficou por ali, observando o local que passaria a frequentar mais vezes, juntou os pedaços de tudo que naquele quarto se desfez, antes de ir a casa, pegou o pagamento que passou a ser de maior quantia.

Quente X!

Continuando...
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Ao passar de cada posição solar e lunar, a vida de Pietra tornava-se cada vez mais pesada.
O Senhor Bran sabia da stuação de Lola, e nela muito era interessado, insistentemente vinha lhe fazendo porpostas indecentes e praticamente irrecusáveis. Por uma noite, Lola aceitou aos convites, quase obrigações, e por fim, deitou-se com ele.
Homem aparentemente elegante, mas levava os costumes europeu da época a risca: pouco banho, cabelo emprastado, unha quase passando os dedos. Se fazia respeitar, porém o ar cafajeste e o título de Dono do famoso Cabré Central às vezes faziam criar repulsa.
Lola deixou relevar os detalhes, pensou na dívida que a ele tinha de pagar e no que ainda poderia ganhar. Submeter-se a tal gesto poderia lhe ser uma grande avanço rumo a tão sonhada borboleta, a liberdade.
Após sua apresentação dirigiu-se ao quarto, o mesmo onde desfrutou da companhia de Antonella, que antes de mais nada, a respeitava como pessoa. Ao entrar as lembranças inevitáveis trouxeram-na para perto, então se perguntou pela tal senhorita que cumprira seu pedido e como alma sem corpo, desaparecera. Contudo, logo deixou as lembranças baterem asas, retirou as vestes, perfumou-se um tanto mais que o habitual e se deitou a espero do Senhor Bran.
Longo tempo depois, ele adentra o quarto, inebriando-o com charuto e álcool, como que em um mergulho, atirou-se por cima de Lola...Passou a lingua em sua boca e com voracidade, desfez das vestimentas e feito cão no cío a tomou por inteiro, sem pena, sem dó, a ele não interessava se a machucaria, apenas queria se satisfazer.
Tentou beijá-la, mas rapidamente esquivou-se fazendo com que o beijo fosse depositado na maçã do rosto. Chegando ao praser supremo,vestiu-se e logo após deixou o recinto. Lola passou a mão tentando limpar o local beijado, tentou fazer pouco caso do acontecido. Sentou-se de frente ao espelho avistando uma mulher que parecia ter acabado de conhecer, parecia estar emunda, mal conseguia olhar para sí própria. Na banheira então permaneceu por horas, até sentir-se um pouco mais limpa.
Quanto mais o tempo passava, mais se conformava da vinha que vinha levando. O ritual cotidiano que sempre antecediam seus espetáculos. Os dias assim foram se sucedendo.

Continua...