quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Quente! XIV

Conitnuando...
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Venho a relatar boa novas, acredito, ainda faz-se dia. Na verdade o Sol está a se pôr, que magnanima imagem tenho de minha janela. Começo a escrever, pois à noite tenho uma confraternização e como bem me conheço, não estarei apta a escrever.
 Cheguei hoje ao amanhecer, depois de uma longa viagem, tanto já fiz, que o dia não sessou e já estou cansada. Rever amigas e lugares é ótimo, mas não há como negar o quanto de nós é acumulado.
 De antemão encontrei Viviane, queridíssima , com quem desabafei obtendo pontos de vista diferentes, logo em seguida me guiou como se eu estivesse a primeira vez por aqui.
 Estar na Academia Safo de Letras novamente foi incrível, histórias e demaseadas histórias há naquele lugar, e quão bom foi encontrar antigas mestras : Senhora Kokionoua, mestra de literatura clássica, sempre muito sábia e de frágil nada tinha, uma das mais antigas professoras, sua aula era uma verdadeira viagem pelo tempo.  As literatus* ganhavam vida. Reencontrei também a Senhorita Elli Koinsno, fui da primeira turma para qual lecionou, jovem  e linda, sem dúvida a que mais despertava a atenção e outras sensações perante os homens clássicos e suas alunas, fazia crescer um sentimento de inveja perante as mulheres provincianas, que não gostavam na forma qual seus maridos olhavam-na ao passar.
Bem, o que posso dizer, além de...Que... Com ela, aprendi muito, além do falado e lido,  ela tanto me ensinou... Jamais esqueci e esquecerei da mulher que foi e a qual se transformara. Ainda resalto mencionar que continua lindíssima, e...Como não sei, ainda está com estatus de Senhorita.

Das alunas, hoje, em primeiro instante revi somente algumas poucas:
Gabrielle, continua com o semblante de pett, porém crescera e casou-se, de fato sempre fora muito romântica mas era de todas a mais menina, não imaginava ser a primeira a casar-se. Hoje, é mãe de um lindíssimo casal, uma menina de 3anos e uma lindo menino de 1 anos e 3meses. Exessão a regra, em uma turma de vinte mulheres era a única heterossexual. Seu marido é um respeitado fidalgo, da nobreza Italiana.
Charlotte, filha de francês e mãe inglesa, desde muito nova era encantada pela Grécia, não deixou o país por nada. Hoje morava com Franchesca, italiana bela, casaram-se logo  após o termino dos estudos. Mantinham uma linda casa na capital Grega, lecionavam na Academia, e Franchesca parecia estar se fascinando pelo mundo jurídico, mesmo não sendo aceita, brigava para ver os andamentos dos júris, que se faziam em grandes auditórios ou arenas, quando tinham o julgamento público, em época, mulheres não eram aceitas.
 Lorena Avlis era filha da ilha, a mais fiel aos ensinos de Safo. Porém nunca foi de uma pessoa só, acredita em amores, e achava absurdo jurar eternidade a um sentimento grandioso por seres tão mutáveis. Sempre vivera todos os amores que a vida lhe trouxe. Não mudou muito, e creio que sendo como é tem vivido cada vez mais amores. Continua uma mulher bela.
 Era Iokonoua, recebera taç nome por causa da Deusa, qual a mãe tinha verdadeira devoção, na época dos estudos encantara-se por Luísa,  uma legítima e típica brasileira, os pais eram pessoas importantes na aristocracia mineira e carioca, redisiam na capital : Rio de Janeiro. Luísa voltou para o Brasil, porém sempre que podia, pegava o primeiro navio de partida para a Grécia.
Catherine, Eduarda e Melina foram um dos mais polêmicos triângulos amorosos da ALL(Academia Lesbos de Letras - ficava na ilha, onde concluíamos os últimos dois anos de estudos, era uma extensão da Academia Safo de Letras), era quase uma tradição, ou sabe-se lá uma maldição, porém em todas as turmas havia sempre um triângulo. Este fora formado sem sombra de dúvidas o que tomou maiores proporções perante todas. Hoje, todas estão casadas, Catherine e Melina, e Eduarda casou-se à dois anos com Valeska Smarkovitch, descendete de alemães de intensos olhos azuis, mas nascera em Valência, Espanha, também fizera parte da nossa turma, muito tímida e de uma inteligência invejável, ocultou por anos o encantamento que nutria por Eduarda, segundo as más linguas, profanavam que Valeska era infeliz, porém hoje, a felicidade lhe salta os olhos.
 Também da Espanha eram  Ingrid Olivar, Penélope Arievillo e Carmen Burbonn. A primeira, tornou-se mestra e dava aulas em Atena(s), assim como Carmem, porém esta era mestra de canto lírico, piano e arpa. Penélope sempre fora sonhadora e estava a realizar esse sonho, vijando pelo Mundo. Seundo as meninas, fazia mais de quatro anos que saíra e ainda não voltara para visitá-las.

Bem, das demais colegas não soube notícia alguma, mudaram-se, e decidiram experimentarem novas vidas.

Confesso sentir saudades de todas espero até o fim de minha estadia encontrar a maioria, ao menos.

É com estas palavras que registro parte de meu dia, no momento fico por aqui. Vou então ao banho, dentro de algumas horas o navio atraca no porto de Lesbos e me dirigirei juntamente com Viviane, a então comemoração anual da Academia.

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Continua...

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