sábado, 24 de julho de 2010

Quente IX!

Continuando...



...Pietra, com algo diferente existente em seu interior, passa o dia a ajeitar o pequeno cômodo onde repousava em uma pensão que vivia desde que saiu de casa, em busca da sonhada liberdade. Como bosboleta que queria ser, olhou-se no espelho e viu que ainda era uma mera lagarta, longe do casulo mas futuramente se tornaria uma belíssima boborleta.

Ao passar de horas o desanimo foi de encontro a ela, afinal o ofício estava a chamar. Dançar era um sonho desde pequena, mas como exercia essa dança era um tanto ácido. Mas precisava, necessário a sua sobrevivência era, ao terminar as tarefas que conflitavam com os pensamentos, tomou um choche e dirigiu-se ao trabalho.

Durante o caminho, foi se distraindo com a paisagem parisiense, como tal cidade erea de tão grandioso encantamento. Ao voar nos pensamentos e paisagens, posou a mãe na janela: luva rendada a segurar um leque, que revelava uma mulher não tão pura.

Não notou que por um certo momentos olhos tristonhos sorriram ao observar a carruagem passar...Estava pela janela a olhar quando tal cena captou, pode logo reconhecer aquela bela mão, e o jeito distraido de segurar o leque, seu coração a galopar se pôs, a vontade de sair em disparada e parar o movél que pela sua rua trafegava a levar seu amor.

Nesse mesmo compasso de horário, Pietra se indagava se a madmoseille estaria na porta a lhe esperar, ou de rapaz vestido a entrar no recinto e assistí-la dançar... Fez que não com a cabeça e abanou o leque, pareceu querer também abanar suas idéias.

Ficar a ver o coche ir até sumir de sua visão, sem o âmpeto de sempre, ainda reencostada a janela deixou escapar uma lágrima, fechou o hoob e dirigiu-se ao banho, por tempo sem dono ficou de molho na banheira, como se tentasse retirar algo de sí.

Quando chegou ao cabaré notou que não se fazia presença de tais olhos, aliviou-se por fração temporária mas mesmo tentando negar sentiu algo além que não sabia explicar. Bem, aqueles sutis olhos por lá mirá-la não foram, porém outros olhos... De volúpia intensidade sim:

_Como se faz, huuum...Espetacularmente ser que me inspira luxúria.

_O que quer aqui? Já não basta tudo o que me fez passar, ainda tens que me atormentar?!

_Nossa não precisa me tratar assim, minha boneca...Seber que quero somente o que tens de melhor, Lola - pôs seus cabelos para o lado, lhe lambusando a nuca, causando uma repulsa na moça-.

Como quem encosta em bule fervente, Lola esquivou-se de tal homem, afastando e ficando fronte ele.

_Bem, vou tentar não compreender o que o senhor insinuou.

_Ah, pett sei bem que me entendestes, assim como saber que tens uma dívida para comigo e vais pagar por bem ou mal. E tenho dito!

Foi em sua direção como quem roubar-lhe um beijo ia, mas astuta virou o rosto fazndo com que o beijo fosse depositado na maçã do rosto. Logo ap[ps deixou o recinto, Lola limpou o local beijado e fez de pouco caso, sentou-se de fronte ao espelho e começou o ritual cotidiano que antecedia seus espetáculos.

E assim para Lola os dias foram se sucedendo.

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Há um mundo lá fora que não me permito perceber e desfrutar, desde que me peguei por Lola enfeitiçada, meu coração descobriu uma dor nova. Venho tentando me refazer e em meus ouvidos já chegou o burbirio da Madimoissel Antonella andar apagada perante a corte.

Os dias passam sem um sentido valoroso a mim, fico a imaginar e imaginar, sofrer e sofrer. Porém hoje de um sábio profanou que de fato valor é o amor, e que por este deve-se lutar, confesso ter renovado as esperanças porém com calma buscarei fazer o certo.

Farei na próxima semana uma necessária viagem e ao vento entregar meus sentimentos e toda esta situação, deicando o tempo me mostrar o que haverei de fazer e o que deverar ser.

Um comentário:

  1. Aiii tadinha da Antonella, ruim demais passa por isso... to adorandoo Lilo o/

    Bjoss...

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